Alunos(as): Andressa Barros, Bárbara Eduarda, Beatriz Silva, Victor Augusto, Vinícius Ribeiro, Virgínia Duarte e Vitória Tatiana.

Resumo

Diversas mulheres não possuem conhecimento prévio sobre violência obstétrica, além disso, algumas delas já passaram por isso, sem ao menos notar do que se tratava, ou seja, muitas gestantes sofrem violência em seu parto, mas tem o conhecimento para associar um assunto ao outro. No decorrer de toda a história as mulheres vêm sendo vítimas de variadas formas de violência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), violência é a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. Nesse contexto, evidencia-se a violência obstétrica como um tipo específico de violência contra a mulher. O desleixo e o desrespeito com as gestantes na assistência ao parto, tanto no setor público quanto no setor privado de saúde, têm sido cada vez mais divulgados pela imprensa e pelas redes sociais, precisando, assim, de intervenções compatíveis com a segurança e os melhores desfechos. No Maranhão, diversos procedimentos são realizados sem o consentimento da paciente, pois, a mesma não é informada dos riscos, nem da necessidade ou efeitos adversos; existem muitas queixas de mulheres na internet, as quais retratam sobre o tratamento desrespeitoso que passaram, incluindo relatos de terem sido mal atendidas, não serem ouvidas em suas necessidades e terem sofrido agressões verbais e físicas. Além disso, a violência obstétrica compreende o uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto, assim como a realização de práticas consideradas desagradáveis e muitas vezes dolorosas, não baseadas em evidências científicas. Alguns exemplos são a raspagem dos pelos pubianos, episiotomias de rotina, realização de enema, indução do trabalho de parto e a proibição do direito ao acompanhante escolhido pela mulher durante o trabalho de parto. Dessa forma, a violência obstétrica é considerada uma violação dos direitos das mulheres grávidas em processo de parto, que inclui perda da autonomia e decisão sobre seus corpos, o que, demonstra o quanto é necessário buscar alternativas que visem reverter essa realidade.

 

Palavras-chave: Violência contra a mulher. Violência obstétrica. Desrespeito. Riscos.


Introdução


A discussão sobre violência obstétrica é de extrema importância para a sociedade contemporânea. De modo geral, a violência obstétrica significa a apropriação dos processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais da saúde, através de uma atenção mecanizada, tecnicista, impessoal e massificada do parto. A execução arbitrária do saber por profissionais da área da saúde em relação ao controle do corpo e sexualidade das mulheres durante a assistência ao pré-natal, parto, pós-parto, cesárea e abortamento, corresponde à violência obstétrica. Esta pode ser verbal, física, psicológica ou mesmo sexual e se expressa de diversas maneiras implícitas ou explícitas. Assim como outras formas de violência contra a mulher, a violência obstétrica é fortemente condicionada por preconceitos de gênero. Este tipo de violência vem ganhando mais visibilidade nos últimos anos, a partir de pesquisas e relatos acerca da temática, mas isso não significa que não aconteciam casos de violência obstétrica no passado. Essa utilização arbitrária do saber por parte dos profissionais da área da saúde contra as gestantes é algo frequente e constante e traz para a vida da mulher consequências físicas e psicológicas que podem ser carregadas por toda a vida.


Problemática

Diante do exposto, torna-se necessário informar para todos a proporção que a Violência Obstétrica vem ganhando nos dias atuais e principalmente, os traumas sofridos por inúmeras gestantes, o que está diretamente relacionado com o serviço precário de atendimento ao cliente em condições de vulnerabilidade e desentendimento sobre esse tipo de violência. Outrossim, podemos analisar do que se ver na mídia nos questionamos se as gestantes sofreram ou não violência obstétrica. Então, qual seria o nível de conhecimento entre as gestantes ?

Hipótese



Hipótese 1: Falta de conhecimento da gestante para escolhas decorrentes do parto e sobre seus direitos.

Hipótese 2: A formação dos profissionais de saúde estão cada piores e desrespeitosas.


Objetivos



Geral: Avaliar o nível de conhecimento sobre violência obstétrica entre as gestantes do Estado do Maranhão.

Específicos:

-Analisar casos retratados, observar detalhes, ver se existe veracidade.

- Após confirmado, buscar alternativas que visem ajudar todas as mulheres que passaram e passam por transtornos como esse.

- Promover debates entre todas as vítimas desse sistema, com o intuito de criar laços e demonstrar que não estão sozinhas nessa batalha.

- Relatar a falta de qualificação e despreparo de profissionais da saúde ao ter contato com gestantes.

- Incentivar que denunciem e facilitar esse processo para que seja feita a justiça necessária, de acordo com o acesso ao prontuário e levantamento de provas.


Justificativa

O projeto tem como ideal buscar visibilidade e transparência ao cenário desafiador de violência obstétrica, enfrentado por mulheres parturientes e suas problemáticas diante de uma sociedade totalmente analfabeta acerca do assunto, inclusive muitas dessas gestantes também, que passam por situações de violência no parto ou pós- parto e não sabem identificar o que ocorreu. Além disso, objetiva-se o alcance de autoridades políticas, profissionais da saúde e todos os cidadãos, com a intenção de passar conhecimentos prévios desse conceito de violência, reduzir o número de casos de irregularidades obstétricas  e se possível, trazer melhorias ao setor da saúde pública e privada. Sobre os métodos de estudo e pesquisa, consistem-se em artigos baseados no tema e em cima de alguns fatos vistos nas redes sociais. 

Ademais, cabe destacar o despreparo de profissionais da saúde para lidar com o momento do parto, a falta de empatia e o desrespeito com o próximo. Evidenciando assim, a necessidade de reverter essas complicações ocorridas, para que se torne algo leve e prazeroso para a mãe e o bebê.


Referências: https://tedebc.ufma.br/jspui/bitstream/tede/2159/2/MaianeSerra.pdf


Questionário 

Destinado a mulheres sobre aspectos socioeconômicos e suas experiências de parto


1) Se possível, coloque seu nome:


2) Grupo de etnia:

(  ) Branca

(  ) Negra

(  ) Parda

(  ) Caucasiana


3 ) Qual sua faixa de idade no momento do parto ?

(  ) Até 20 anos 

(  ) 20 a 40 anos 

(  ) Acima de 50 anos


4) Quantos filhos você possui ?

(  ) 1 ou 2 

(  ) 3 ou 4


5) Qual tipo de parto você teve ?

(  ) Normal 

(  ) Cesárea 


6) Seu parto foi de caráter público ou privado ?

(  ) Público 

(  ) Privado 


7) Você fez todos os acompanhamentos necessários durante a gestação ?

(  ) Sim 

(  ) Não 


8) Você considera que possui conhecimento sobre violência obstétrica ? Por quê ? 


9) Como você percebeu algum traço de violência ? Cite-as.


10) Você acredita que sofreu alguma violação durante seu parto ? Se sim, fez denúnia ?

(  ) Sim 

(  ) Não


Respostas - problemáticas:


1) A fonte é a pesquisa bibliográfica, como os artigos já produzidos e relatos de vítimas da violência obstétrica, visto que o projeto é construído a partir de um material já elaborado e sistematizado. Desse modo, depois dos conhecimentos adquiridos com a pesquisa, faz-se necessário a elaboração precisa de uma resenha, com o intuito de apresentar uma visão crítica sobre a violência retratada, abordando, em suma, uma visão geral do problema.

2) As informações obtidas são organizadas de forma que exija uma visão de totalidade seguindo uma estrutura. É necessário que os textos estejam ligados uns aos outros e sejam objetivos e concisos utilizando uma forma impessoal no tratamento do assunto em questão, preocupando-se com a forma de como que a mensagem será transmitida aos leitores. Além disso as informações são simples, diretas e específicas pensando nas necessidades do leitor.

3) Fichas Bibliográficas

Andressa Barros Farias de Melo

REVISTA Científica da FASETE 2017.2. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: uma análise das consequências. Disponível em: https://www.unirios.edu.br/revistarios/media/revistas/2017/13/violencia_obstetrica_uma_analise_das_consequencias.pdf

A violência obstétrica é um evento antigo, no entanto, muitas pessoas não consideram essas ações violentas contra as mulheres como uma violência, e sim como procedimentos comuns e de rotina que devem ser realizados durante o parto. Esta pesquisa tem como objetivo identificar quais as consequências que a violência obstétrica ocasiona nas mulheres. Para isso, foi realizada a análise de artigos e de materiais por leitura inicial, ou exploratória dos textos, através de uma revisão de literatura. Inicialmente com pesquisa utilizando as palavras-chaves: violência obstétrica, causas e consequências da violência obstétrica, intervenções durante o parto e parto humanizado nas bases de dados em saúde. Foi analisado cerca de 16 artigos, 2 Portarias, 1 Lei, 3 publicações da OMS e uma Pesquisa Nacional “Nascer no Brasil” publicada pela FIOCRUZ. Diante da pesquisa efetivada sobre as consequências que a violência obstétrica ocasiona nas mulheres, percebe-se que a utilização de procedimentos invasivos tem crescido no campo da obstetrícia, mesmo havendo controvérsias em relação as suas aplicações. E que de fato ocasiona inúmeras consequências e traumas nas mulheres, para tal afirmação, podemos citar como exemplo as complicações e riscos da cesárea, que possui alto índice de mortalidade e morbidade para a mãe e para o bebê.


Beatriz Silva Santos

Referência: TESSER, C. D.; KNOBEL, R.; ANDREZZO, H. F. de A.; DINIZ, S. G. Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer.  Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 10, n. 35, p. 1-12, 2015. DOI: 10.5712/rbmfc10(35)1013. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1013. Acesso em: 29 Nov. 2021

O artigo tem como objetivo justificar a necessidade de prevenção quaternária frente à violência obstétrica. O autor discute estratégias e ações de prevenção quaternária a serem realizadas pelos médicos de família e comunidade, pelas equipes de atenção primária a saúde (APS) e suas entidades associativas. O autor não só explica, de forma clara, a violência obstétrica, mas também utiliza dados científicos e exemplos do cotidiano para conscientizar ainda mais o leitor. O texto é estruturado em três partes: a primeira trata da VO; a segunda aborda intervenções prejudiciais na parturição e o excesso de cesarianas no Brasil; e a terceira finaliza com ações que os MFC e demais profissionais da APS poderiam realizar como estratégia para a prevenção quaternária.


Vinícius Ribeiro Alves

Referência: Revista saúde em foco - edição - n°11 - Ano:2019. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: Uma expressão nova para um problema histórico. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/03/034_VIOL%C3%8ANCIA-OBST%C3%89TRICA-Uma-express%C3%A3o-nova-para-um-problema-hist%C3%B3rico.pdf

Apesar de ser um termo relativamente novo, a violência obstétrica é um problema antigo, desde a antiguidade mulheres são diariamente vítimas da chamada violência obstétrica, que se caracteriza como qualquer tipo de violência que ocorra durante o período de gestação parto e puerpério seja no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e pós parto, sendo, por tanto qualquer ato exercido pelos profissionais da saúde que exprima uma atenção desumanizada, abuso de ações intervencionais, medicalização e qualquer tipo de transformação nos processos fisiológicos do parto, incluindo ainda maus tratos físicos, psíquicos e verbais causando a perda da autonomia e da capacidade de decidir livremente sobre seus corpos, e assim impactando negativamente na qualidade de vida dessas mulheres.


Virgínia Duarte da Silva

LIMA, Kelly Diogo de; PIMENTEL, Camila; LYRA, Tereza Maciel. Disparidades raciais: uma análise da violência obstétrica em mulheres negrasCiência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 26, n. 3, p. 4909-4918, out. 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.24242019.

A prática da violência obstétrica na área da saúde afeta principalmente as mulheres negras acerca dos cuidados na gestação, no parto e no pós-parto. Dessa forma, o artigo presente tem como objetivo relatar sobre a disparidades raciais na violência obstétrica. Para isso, foi realizado uma pesquisa empírica de abordagem qualitativa, salientando-se o caráter indispensável das experiências vividas pelas mulheres, na qual tinha como critérios na seleção das entrevistadas: autodeclarar-se negra ou preta; ser maior de 18 anos; ter filhos de até dois anos; e que tenha passado pelos serviços públicos de saúde (SUS) em algum momento durante esse ciclo. O período de campo foi de dois meses, transcorridos entre outubro e novembro de 2017, uma vez que esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz). Diante do projeto, foi possível observar, a partir das narrativas, episódios de violências obstétricas de caráter físico, verbal e institucional. Destarte, diante do encontrado, que é de suma importância incentivar discussões sobre o tema, para que possamos reforçar práticas não violentas de assistência na gestação, no parto, no puerpério e nas situações de abortamento, assistidas por diversos sujeitos, como enfermeiros(as) obstetras, obstetrizes e parteiras, além de eliminar todas as formas desnecessárias e prejudiciais de intervenções, substituindo-as por práticas comprovadamente benéficas.


Vitoria Tatiana Amarante da Silva 

PEREIRA, Jessica Sousa et al. VIOLENCIA OBSTETRICA: ofença à dignidade humana. 2016. 15 v. TCC (Graduação) - Curso de Medicina, Faminas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. Disponível em: http://www.mastereditora.com.br/periodico/20160604_094136.pdf. Acesso em: 29 nov. 2021.

A obra insere-se no campo da violência obstétrica. Para elaborar o presente artigo, os autores utilizaram-se de pesquisas em diversos bancos de dados bibliográficos, sem delimitação de período específico. A discussão entre os artigos foi baseada nas diferentes formas de manifestação da violência obstétrica- física, psíquica e sexual. O objetivo do artigo foi esclarecer as variadas formas de violência obstétrica, abordar os princípios bioéticos que são negligenciados e a violação dos direitos das mulheres.



Resenha

Essa pesquisa tem como finalidade o intuito de esclarecer o nível de conhecimento entre as gestantes do Estado do Maranhão sobre violência obstétrica, abordar os princípios bioéticos que são negligenciados, a violação dos direitos das mulheres e evidenciar a falta de profissionais que valorize a dignidade humana. Atualmente, existem alguns estudos que questionam o uso de muitos desses procedimentos, no entanto, ainda são realizados indiscriminadamente. A partir deste trabalho foi possível identificar o que caracteriza, como ocorre e como denunciar a violência obstétrica. Para tanto, este trabalho foi realizado através de uma revisão de literatura, foi inicialmente realizado uma busca de artigos na SCIELO, além de consultas a sites de órgãos oficiais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Portarias e Leis do Ministério da Saúde.

Por conseguinte, em resumo é abordado de forma subjetiva, se as mulheres gravidas tem conhecimento sobre as violências obstetra, pois assim elas têm mais chances de sofrer algum tipo de intimidação, por que nem sempre os serviços oferecem esse direito e, às vezes, a mulher não sabe desse direito, e quanto menos informadas, menor o nível de instrução, mais sofrimento. Nesse proposito no tópico introdução é trazido o significado desse tipo de violência e uma ressalva dos problemas relacionados a violência obstetra, de modo a deixa frisado que apesar de outros procedimentos que precisam de assistência hospitalar, o parto é um processo fisiológico que necessita de cuidados e acolhimento.

          Fica evidente, portanto, a problemática que gera uma questão de suma importância para o trabalho que pode esclarecer se as parturientes sabem ou não se sofreram algum tipo de violência diante dos fatos que se presencia nos canais de telecomunicações. Diante disso surge os objetivos que é a chave para criação do trabalho do blogpost, ele tem como objetivo investigar a dúvida alavancada sobre o nível de conhecimento de violência obstetra sofrido pelas mulheres, para isso faz-se necessário analisa os dados colhidos, promover debates, incentivar a denúncia, e relatar a falta de qualificação dos profissionais da saúde. logo, a justificativa tem como finalidade comprovar que a falta de conhecimento leva as gestantes a não se questionarem sobre a violência enfrentada por mulheres parturientes e suas problemáticas vão além disso, diante de uma sociedade totalmente analfabeta acerca do assunto.



Comentários

  1. Prezados alunos, coloque no blog a resposta para as seguintes problemáticas: 1) Como os conhecimentos existentes e a idealização de melhorias em uma comunidade serão transformados, por meio desse projeto, em ações concretas para solucionar os problemas apresentados? 2) Que escolhas devem ser realizadas, dentro desse projeto, para que essas soluções aconteçam de fato? 3) Quais procedimentos caracterizam esses tipos de escolhas?

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  2. Prezados alunos, coloque no blog a resposta para as seguintes problemáticas: 1) Quais são as fontes de pesquisas necessárias para leitura e posterior elaboração da resenha? 2) Como organizar as informações obtidas? 3) elabore e organize as fichas bibliográfica?

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